racionalidade e epistemologia

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Venezuela: os EUA não podem dar lição de democracia?

Agora que se avizinham as eleições primárias na Venezuela para a escolha do candidato de oposição a Hugo Chaves, é importante rever alguns conceitos equivocados os quais procuram denegrir o processo eleitoral e a democracia venezuelana. Certamente, esse sistema de eleições primárias (como os demais) também pode permitir distorções contra a vontade de uma nação. Especialmente quando o peso dos votos de cada estado é diferente, e, quando há exclusão de milhões de pessoas do direito de votar (processados, negros e imigrantes, etc., como é o caso dos Estados Unidos da América). E neste caso, fica fácil burlar as leis e os eleitores. Felizmente, na Venezuela os processos eleitorais são includentes. Além do mais, as primárias da oposição venezuelana serão fiscalizadas por dezenas de observadores internacionais convidados, de vários países. E não temos dúvidas que será assim até a eleição do presidente em outubro de 2012. Isto, por si só, demonstra que há o interesse na lisura do processo para que não ocorra aqui o que ocorreu na "pretensa maior democracia do planeta!" em 2000, quando George W. Bush só "venceu" no tapetão. Depois de perder (por mais de meio milhão de votos) levou a presidência graças ao governador da Flórida (seu irmão) e aos juízes federais de sua confiança que julgaram os processos de fraude. No tapetão! Uma vergonha para muitos norte-americanos e uma ofensa à democracia. Mas para elucidar melhor e desobnubilar o raciocínio daqueles que só vêm o que lhes convém, recomendo uma leitura mais completa sobre o assunto, pesquisando em: "George Bush, uma fraude no poder". Com isto, concluimos que os EUA não podem dar lição de democracia, pois não reúnem as condições para isso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"DIREITOS HUMANOS: quem tem teto de vidro que atire a primeira pedra"

A presidenta Dilma Roussef, contrariando aqueles que desejam detonar o regime cubano, não entrou na discussão sobre "direitos humanos" durante sua visita àquele país. Tampouco, aceitou conversar com a blogueira contra-revolucionária Yoani Sanchez (que recentemente teve o visto concedido para entrar no Brasil). Fez o que é mais sábio. Fez o que um chefe de Estado responsável deve fazer quando se encontra com um colega: discutir temas de interesse mútuo sem imiscuir-se em questões domésticas. No que concerne à imprensa brasileira e outras de similar vocação ideológica, o posicionamento da Presidenta frustrou as expectativas: pois a pauta das entrevistas era sempre focada na questão de direitos humanos, numa franca expectativa de que o Brasil viesse a censurar oficialmente o governo de Cuba. Mas apesar de frustrar os jornalistas, Dilma não deixou de responder objetivamente quando foi perguntada se trataria de "direitos humanos" com Raúl Castro. "...a questão dos direitos humanos não deve ser pretexto para discutir assuntos políticos e ideológicos...os direitos humanos devem ser discutidos multilateralmente...e não são os Estados Unidos ou o Brasil que devem fazer isso...O Brasil também tem os seus problemas nessa área...precisamos discutir a Base de Guantánamo (prisão norte-americana) onde pessoas estão presas há mais de dez anos sem julgamento...", parafraseando Dilma Roussef. Realmente, não é possível que a hipocrisia que disfarça interesses escusos continue alimentando bloqueios econômicos e agressões contra o regime cubano. Não é possível que alguns ainda "achem" que o mundo não pode conviver com modelos de sociedade diferenciados, por acharem que só o capitalismo tem validade! Afinal, como fica o direito à autodeterminação dos povos, expressa na Carta das Nações Unidas? Na mosca: "QUEM TEM TETO DE VIDRO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA" (Dilma Roussef)